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Mas afinal o que é isso? Será que ainda existe na proporção certa? Ou será que o que chamamos agora de amor já não o é?
As coisas mudam, os tempos mudam, as maneiras de sentir e de mostrar também mudam, mas o amor fica. Penso que que as pessoas têm uma ideia definida do que tem que ser esse sentimento e do que tem que ser o outro em quem depositamos esse sentimento, mas depois esquecemos-nos que ninguém é igual a ninguém, que o que é para nós o certo pode não ser para o outro, que o que para nós faz todo o sentido do mundo para o outro pode não fazer. Temos todas essas ideias pré definidas porque vemos muitos filmes e lemos muitos livros e achamos que ali está formula perfeita do amor e queremos igual. Mas a vida real não é assim. Cada um tem a sua maneira peculiar de gostar, cada um mostra como pode, no fundo cada um faz o que pode neste mundo que exige de mais. No amor não há formulas perfeitas. Porque depois em paralelo com "ele"temos a vida. Essa que anda sempre a correr,que exige determinadas coisas, que não é fácil, que não espera, que não pára. E por vezes fica difícil termos as duas coisas em harmonia. Fica difícil porque o amor exige uma coisa e a vida outra, porque não temos tempo, porque temos que ser os melhores, porque agora não dá jeito, porque temos que fazer x coisas ao mesmo tempo... Porque não temos a vida e ela é que nos tem a nós e o amor não se compadece com isso, o amor quer-nos por inteiro, precisa de nós como um todo.
Perfeito é quando conseguimos entender que nem sempre tudo corre como achamos que é "o que tem de ser" e quando estamos confortáveis com isso. Quando não nos importamos de passar este dia connosco, porque para já é assim, quando não nos importamos de fazer um programa menos cliché ou não nos importamos de não receber nada. Quando estamos confortáveis com aquilo que temos e não exigimos de mais.. Aí é quando encontramos a harmonia entre a vida e o amor. Aí é quando compreendemos o que é o amor. Seja de que maneira for. E não é nada fácil.
Feliz dia dos namorados.